Cores esmaecidas, manchas e elementos figurativos apenas sugeridos por seus contornos dominam as 12 telas da artista carioca de 44 anos, que há 11 vive em Berlim.
Egressa da chamada “Geração 80”, que apostou na força da pintura, Cristina continua fiel aos princípios puramente pictóricos. Por meio de “formas macias”, como escreve o crítico Tiago Mesquita no catálogo da mostra, a pintora cria espaços diluídos em que o olhar viaja ao sabor de pinceladas que não escondem o rastro. Ao esboçar árvores, barcos, lagoas, flores, casas e casais diante de uma natureza que, na verdade, é forma e tinta, Cristina lança mão da memória e sua capacidade de evocação. (Ivan Claudio)