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O músico Rodrigo Gorky tem quatro exemplares

Que horas são? Dependendo do relógio, responder pode ser um desafio. E aí está a diversão. São cada vez mais comuns os modelos de pulso que usam métodos inusitados para fornecer o horário. São LEDs que piscam em ordem própria – primeiro as horas, depois os minutos e por fim os segundos –, ponteiros que giram de forma caótica pela face da máquina e medidores eletrônicos que parecem encher como ampulhetas. A graça é se esforçar para compreender a informação e, de quebra, desfilar uma peça diferente. O curitibano Rodrigo Gorky, 29 anos, integrante da banda Bonde do Rolê, ganhou quatro exemplares durante uma turnê em Nova York, nos Estados Unidos. “No começo você pena um pouco para entender o que está na tela, principalmente os minutos, mas depois se acostuma”, explica.

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TENDÊNCIA
Lourdes Maria, a filha de Madonna, ajudou a lançar moda

 

A marca americana Nooka não foi a primeira a produzir relógios nesse estilo, mas hoje é a fabricante mais conhecida, com sete modelos, centenas de acabamentos e fãs famosos, como Lourdes Maria, 13 anos, a filha de Madonna. “Depois que ela apareceu com um Nooka Zub, tem chovido pedidos para a gente”, diz Eric Gozlan, único representante oficial da marca no Brasil. Para os americanos, mostrar as horas preenchendo bolinhas e telas parecidas com equalizadores de som não é só questão de estética. A empresa defende seu método como mais eficiente por passar, em menos tempo, uma noção estimada da hora – afinal, a maioria das pessoas precisa apenas do tempo aproximado.

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Outros fabricantes, porém, não parecem tão preocupados com o conceito de seus produtos. Eles querem é impressionar com o visual. A japonesa Seahope, por exemplo, usa linhas de luz que se cruzam sobre uma tela quadriculada para fornecer as horas. Já a inglesa Storm recorre aos pequenos pontos luminosos dos LEDs (diodos emissores de luz) para passar o horário. A cada novo modelo apresentado, a disputa pelo título de fabricante do relógio menos prático e mais inusitado parece se acirrar. E os clientes adoram. “Tinha mais de 20 relógios Swatch quando comprei meu primeiro Nooka”, lembra Paulo Stolfo, designer, 37 anos. Com as novas regras de importação, quem viajar pode trazer um exemplar sem pagar impostos. Vale a pena. Nos Estados Unidos, um Nooka Zub custa US$ 119 (R$ 210), contra os incríveis R$ 520 cobrados por ele aqui. Tudo bem quebrar a cabeça para saber que horas são, mas se puder gastar pouco por isso, melhor.

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