A reportagem de capa desta edição é fruto de uma parceria entre ISTOÉ, a Andi, Agência de Notícias dos Direitos da Criança, e a WCF, World Childhood Foundation, fundada por Sua Majestade, a rainha Silvia da Suécia. Com uma maneira
inteligente de alertar contra os abusos e atuar com eficiência na defesa das
crianças, a Andi e a WCF instituíram um prêmio para sugestões de pautas jornalísticas sobre o tema. Os repórteres de ISTOÉ Alan Rodrigues e
Mário Simas Filho foram os vencedores com a proposta de abordar o
crescente e aterrorizante problema da pedofilia na internet. Alan, um mineiro
torcedor do Cruzeiro, é o que chamamos internamente de profissional anfíbio: ele é fotógrafo e também escreve. E faz bem as duas coisas. Mário Simas Filho é um experiente e talentoso jornalista, que está há dez anos em ISTOÉ e há menos de dois meses ocupa o estratégico cargo de redator-chefe da revista. Diz-se que o repórter, quando assume cargo de chefia, como aconteceu com Mário, sacrifica o seu lado repórter, que é a essência da profissão. A reportagem de capa desta edição, assinada pela dupla, contradiz esta teoria. O projeto premiado de Alan e Mário tem ainda o apoio do Unicef, o Fundo das Nações Unidas para a Infância, da OIT, Organização Internacional do Trabalho, da Fenaj, Federação Nacional dos Jornalistas, e da Abraji, Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo.

Disfarçando um certo constrangimento, pedimos licença ao leitor para falar de mais prêmios recebidos por ISTOÉ. Esta semana, no Rio, Luiza Villaméa e Eduardo Marini, editores especiais, receberam o importante Prêmio Alexandre Adler de Jornalismo, na categoria Revista, pela reportagem “Inimigo oculto”, que alerta para o alto número de brasileiros que desconhecem estar contaminados pelo vírus HIV. Mônica Tarantino, da editoria de Saúde & Bem-Estar, recebeu menção honrosa por “Perigo na floresta”, reportagem sobre ameaças à saúde dos índios.

E por falar em reportagens registramos com satisfação o retorno do jornalista Mino Pedrosa, importante reforço para a redação de ISTOÉ. Mino é um dos repórteres mais premiados do País, com reportagens que fizeram história. Ele é o autor, entre outras, da capa “Eriberto, um brasileiro”, que mudou a história do Brasil. Eriberto, só para lembrar, era o motorista do Palácio do Planalto, que tinha como inquilino o presidente Collor. Como até as pedras da Marginal do rio Pinheiros sabem, depois da reportagem de Mino o presidente renunciou.

Tudo o acima citado nos deixa orgulhosos e, é claro, nos mobiliza e enche de satisfação. Mas o que nos move mesmo é fazer uma revista melhor a cada

semana. ISTOÉ acredita no Brasil e tem como foco mais importante você, leitor.

E é com você que dividimos esses prêmios.