O happy hour já não é mais aquele. Ao menos para executivos, empresários e profissionais liberais que trocaram a diversão no bar com os amigos por massagens e terapias relaxantes em clínicas e spas. O motivo é combater o stress e prevenir a estafa. “Uma vez por semana, saio do trabalho e faço um shiatsu. Encontro amigos do mercado financeiro querendo a mesma coisa: sair zerado”, conta o empresário Edsá Sampaio, 41 anos (SP). O shiatsu é uma técnica oriental na qual pontos específicos no corpo são comprimidos, promovendo alívio da pressão cotidiana. É uma das alternativas mais procuradas nesses espaços.

Na rede Luiza Sato, os executivos começam a aparecer às 17h. Muitos encomendam pratos japoneses em restaurantes com os quais a casa tem parceria ou pedem misoshiro (sopa à base de soja) e frutas. Depois, se entregam aos cuidados dos massoterapeutas ou a um banho de ofurô. “No final, estou tão bem que vou direto para a cama”, diz Sampaio. Mas também há clientes na hora do almoço – querem aliviar a tensão do resto do dia.

O interesse de empresários e executivos pelas terapias relaxantes cresceu nos últimos anos. Na clínica Kyron (SP), o crescimento em 2003 foi de 17% em relação a 2002. E a estimativa é de que em 2004 esse índice seja de 33%. Por conta da demanda, há dois meses o espaço oferece o genki shiatsu, mistura de técnicas que promove uma massagem mais vigorosa do que o shiatsu. “Os executivos queriam algo mais forte”, explica Cristina Baumgart, diretora da Kyron. No Rio, o Nirvana, centro especializado em bem-estar, também atrai esse segmento. Há 18 opções de terapias, um restaurante e uma vista para o Cristo Redentor. É um refúgio celestial para os estressados.


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