Internacional

Terror na Índia
Grupo desconhecido assume autoria de atentados que mataram pelo menos 143 pessoas em Mumbai, centro financeiro do país

i78648.jpgEm setembro, jornais indianos receberam mensagens avisando que “ataques mortíferos” aconteceriam em Mumbai, a capital financeira da Índia. No país que convive há décadas com atentados relativos à Caxemira – região de maioria muçulmana reivindicada pela Índia e pelo Paquistão –, o aviso foi interpretado como mais uma ameaça de grupos separatistas. Às 21h20 da quarta-feira 26, no entanto, ataques mortíferos espalharam o pânico e o caos por toda Mumbai. Armados com fuzis Kalashnikov e granadas, homens com pouco mais de 20 anos começaram a onda de violência na superlotada estação de trem Chhatrapati Shivaji, bem no centro da cidade. Em intervalos de 15 minutos, pelo menos outros seis alvos foram atingidos, entre eles os hotéis de luxo Taj Mahal e Oberoi. Hospedada no Taj Mahal, a atriz australiana Brooke Satchwell escondeu-se no armário de um dos banheiros do hotel para escapar dos disparos. “As pessoas estavam levando tiros no corredor, havia corpos pelas escadas”, afirmou Brooke. “Era o caos total.”

Logo nos primeiros momentos da invasão, os terroristas passaram a procurar estrangeiros, em particular aqueles com passaportes americanos e britânicos. Dezenas foram tomados como reféns, parte deles libertada na quinta-feira 27, no Taj Mahal. Apenas no hall do hotel encontravam- se 30 corpos. Na manhã do dia seguinte, hóspedes e funcionários do Oberoi foram resgatados pelo Exército. Poucas horas depois, soldados das Forças Armadas invadiram um centro judaico da cidade, também ocupado pelos terroristas, onde acharam cinco corpos. Na sexta-feira 28, um terrorista ainda resistia dentro do Taj Mahal, que havia sido parcialmente incendiado. Autoridades do país calculam que os atentados mataram pelo menos 143 pessoas. Mais de 370 pessoas ficaram feridas.

Um grupo desconhecido, o autodenominado Mujahedin do Deccan (Guerrilheiros do Sul), assumiu a autoria dos atentados, mas especialistas em terrorismo acreditam que ele possa estar servindo como fachada para outras organizações. Eles não descartam a possibilidade de um grupo indiano ser o responsável pela onda de violência. Mesmo assim, o primeiro-ministro, Manmohan Singh, voltou suas baterias para fora do país. “Foi um ataque bem planejado e orquestrado, provavelmente com ligações exteriores, que pretendem implantar o terror”, afirmou Singh. Inimigo histórico do país, o Paquistão negou na seqüência qualquer envolvimento no episódio sangrento. É apenas o começo da mais séria crise entre os dois países desde 2002, quando um atentado de terroristas islâmicos ao Parlamento indiano culminou com o deslocamento de mais de um milhão de soldados dos dois países para suas fronteiras.

Em setembro, jornais indianos receberam mensagens avisando que “ataques mortíferos” aconteceriam em Mumbai, a capital financeira da Índia. No país que convive há décadas com atentados relativos à Caxemira – região de maioria muçulmana reivindicada pela Índia e pelo Paquistão –, o aviso foi interpretado como mais uma ameaça de grupos separatistas. Às 21h20 da quarta-feira 26, no entanto, ataques mortíferos espalharam o pânico e o caos por toda Mumbai. Armados com fuzis Kalashnikov e granadas, homens com pouco mais de 20 anos começaram a onda de violência na superlotada estação de trem Chhatrapati Shivaji, bem no centro da cidade. Em intervalos de 15 minutos, pelo menos outros seis alvos foram atingidos, entre eles os hotéis de luxo Taj Mahal e Oberoi. Hospedada no Taj Mahal, a atriz australiana Brooke Satchwell escondeu-se no armário de um dos banheiros do hotel para escapar dos disparos. “As pessoas estavam levando tiros no corredor, havia corpos pelas escadas”, afirmou Brooke. “Era o caos total.”

Logo nos primeiros momentos da invasão, os terroristas passaram a procurar estrangeiros, em particular aqueles com passaportes americanos e britânicos. Dezenas foram tomados como reféns, parte deles libertada na quinta-feira 27, no Taj Mahal. Apenas no hall do hotel encontravam- se 30 corpos. Na manhã do dia seguinte, hóspedes e funcionários do Oberoi foram resgatados pelo Exército. Poucas horas depois, soldados das Forças Armadas invadiram um centro judaico da cidade, também ocupado pelos terroristas, onde acharam cinco corpos. Na sexta-feira 28, um terrorista ainda resistia dentro do Taj Mahal, que havia sido parcialmente incendiado. Autoridades do país calculam que os atentados mataram pelo menos 143 pessoas. Mais de 370 pessoas ficaram feridas.

Um grupo desconhecido, o autodenominado Mujahedin do Deccan (Guerrilheiros do Sul), assumiu a autoria dos atentados, mas especialistas em terrorismo acreditam que ele possa estar servindo como fachada para outras organizações. Eles não descartam a possibilidade de um grupo indiano ser o responsável pela onda de violência. Mesmo assim, o primeiro-ministro, Manmohan Singh, voltou suas baterias para fora do país. “Foi um ataque bem planejado e orquestrado, provavelmente com ligações exteriores, que pretendem implantar o terror”, afirmou Singh. Inimigo histórico do país, o Paquistão negou na seqüência qualquer envolvimento no episódio sangrento. É apenas o começo da mais séria crise entre os dois países desde 2002, quando um atentado de terroristas islâmicos ao Parlamento indiano culminou com o deslocamento de mais de um milhão de soldados dos dois países para suas fronteiras.

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