Desde que existem escolas e desde que existem crianças de sete anos, crianças de sete anos brigam nas escolas. Mesmo porque elas são crianças. O surpreendente foi o que ocorreu no tradicional Colégio Santa Isabel, na cidade de Petrópolis. Na hora do recreio, um garotinho fez de propósito uma coleguinha tropeçar, ela caiu e fez galo na testa. Revidou dando-lhe uma lancheirada. Chamados à diretoria, os dois foram advertidos e fizeram as pazes. Nada além disso, mas a história não parou aí. Os pais da menina registraram queixa na delegacia e o caso desembarcou na Promotoria da Infância e Juventude. Na terça-feira 26, a promotora ouviu os pais das crianças e fez prevalecer o bom senso – justamente aquilo que faltou aos pais da garota. A promotora arquivou o inquérito alegando que briga de crianças é um fato corriqueiro e a continuidade do processo poderia causar sérios danos psicológicos. “Nós ficamos pasmos com a situação. Tudo isso poderia ter sido evitado”, disse a ISTOÉ a diretora da escola, a Irmã Maria da Conceição Milagres. (Os pais não quiseram ter os seus nomes revelados).