Não se trata apenas de um completo guia com endereços e telefones úteis para quem procura sexo – ou o que quer que seja ligado a isso – na capital paulista. O guia sexy  São Paulo (ed. DF5 Comunicação, 152 págs., R$ 24,90), do jornalista Walter Falceta Jr., traz também textos para lá de picantes que contam a história da cidade por um outro viés. “É um resgate do passado de São Paulo pela ótica do sexo”, conta Falceta. Ele pesquisou o tema durante dois anos, com a ajuda de três mulheres. O resultado é um trabalho elegante e livre de preconceitos. São 479 endereços de casas noturnas, clubes de fetiches e de suingue (troca de casais), sex shops e até cursos de pompoarismo (a arte de contrair os músculos vaginais para propiciar mais prazer) e de strip-tease para casais, mulheres, homens e gays.

Um dos destaques são as casas de suingue – a maioria frequentada por casais em busca de tempero para relações já desgastadas. “O suingue é, por natureza, requintado. Percebi que os desejos ocultos existem. Os casais é que geralmente criam códigos de autocensura”, diz Falceta. Outro capítulo que merece atenção é o de casas de fetiche e de sadomasoquismo. E são várias, para todos os estilos e bolsos. Basta escolher. Com todos os seus endereços, o guia mostra por que a metrópole paulistana pode ser considerada uma das capitais mundiais do erotismo.