A psoríase, como a maioria das doenças dermatológicas, pode causar um terremoto na estima. Caracterizada por lesões avermelhadas recobertas por escamas secas e esbranquiçadas surgidas sobre a pele, ela costuma abalar a  auto-imagem dos portadores. Segundo a  Associação Brasileira de Estudos e Assistência às Pessoas com Psoríase, a enfermidade atinge 190 milhões de pessoas no mundo.

Trata-se de uma doença crônica e ainda sem cura. “As lesões são frequentes nos joelhos, nos cotovelos e nas nádegas”, explica o dermatologista Cid Sabbag, do Centro Brasileiro de Psoríase. Existem vários tipos e a doença se expressa com intensidade variável. “Podem aparecer desde plaquinhas no cotovelo até escamações pelo corpo”, explica a dermatologista Denise Steiner, de São Paulo. Os casos mais leves podem ser tratados, por exemplo, com cremes à base de cortizona, como o Silks, da  Galderma. Casos moderados são controlados com medicamentos orais e  exposição à luz ultravioleta.

A boa notícia é que até o fim do ano chegará ao Brasil mais um remédio para psoríase de moderada a grave, com efeitos colaterais menores. O Raptiva (efalizumabe), do laboratório Serono, age apenas sobre as células envolvidas na doença, reduzindo os riscos de reações como pressão alta e descontrole da diabete. Outra vantagem, segundo o fabricante, é que o próprio paciente poderá aplicar a injeção, sem precisar ir a um hospital ou clínica. O custo mensal do tratamento será de cerca de R$ 5 mil. Outra novidade, esperada para 2006, é um remédio em forma de xampu, ideal para tratar a psoríase do couro cabeludo e de outras áreas pilosas. O Clob X Shampoo (Galderma) já está disponível nos Estados Unidos.