Em Villa-Lobos – uma vida de paixão (2000), o diretor Zelito Viana busca retratar de forma intensa a personalidade e a criatividade de Heitor Villa-Lobos (1887-1959), considerado o mais importante compositor moderno brasileiro. Para reconstituir
o seu percurso, dos seis anos de idade até sua morte, ao 72, foram escalados os atores Antônio Fagundes, Marcos Palmeira e o garoto André Ricardo. Na visão de Viana, que recheou o filme de temas conhecidos como o Trenzinho do caipira e Bachianas nº 4 e 5, Villa-Lobos mostra-se um homem aventureiro e um apaixonado pela música. Ainda criança, ele adorava ouvir composições eruditas com seus pais e, já na adolescência, participava das famosas rodas de chorinho dos bairros boêmios do Rio de Janeiro.

Encantado pelos ritmos folclóricos brasileiros, Villa-Lobos decide viajar pelo País a fim de conhecer novos sons, sempre acompanhado do amigo Donizetti (José Wilker), um trompetista bêbado que conhece por acaso. A partir daí inicia-se uma trajetória pontuada pela rejeição de sua arte num meio cultural colonizado, por fracassos e dificuldades até a consagração final. Aos poucos, vai se desenhando um maestro genial, ao mesmo tempo enérgico e frágil, que vive duas paixões avassaladoras – primeiro com a pianista Lucília (Ana Beatriz Nogueira) e depois com Mindinha (Letícia Spiller), quase 30 anos mais nova, e a quem passa a dedicar suas composições.


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias