O cartunista Borjalo morreu na quinta-feira 18 de falência múltipla dos órgãos,  depois de quatro meses internado no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro, para tratamento de câncer. Mauro Borja Lopes era mineiro da cidade  Velho de Taipa – e seu apelido Borjalo é a mistura dos seus sobrenomes. Os seus desenhos começaram a ficar famosos na revista O Cruzeiro e o seu nome se popularizou com a Zebrinha que anunciava os resultados da Loteria Esportiva, todas as noites de domingo, na Rede Globo. Também foi criação de Borjalo a vinheta da Globo plim plim. O trabalho do cartunista frequentou as páginas das revistas estrangeiras Paris Match e Picture Post e os seus desenhos de bonecos sem bocas correram o mundo. Ao longo das duas décadas em que se dedicou à tevê, o desenho ficou de lado. “Foi uma pena porque ele era um desenhista poético. A sua charge mais bonita mostra uma lavadeira estendendo roupas no varal quando chega o filho e vai tirando a calça para ela lavar”, diz Chico Caruso. Nos últimos anos, ele colaborava com o jornal Pasquim 21, comandado pelo amigo Ziraldo. Borjado morreu três dias antes de completar 79 anos.