Inesperadamente fez-se noite na cidade egípcia do Cairo na quarta-feira 17: nuvens de milhões de gafanhotos escureceram o céu voando numa velocidade assustadora ou pousando sobre automóveis, prédios, árvores e, mais desesperador ainda, sobre a cabeças das pessoas. O Ministério da Agricultura do Egito negou a possibilidade de que os gafanhotos causem sérios danos às plantações: “Eles se orientam pelos ventos fortes e nas atuais condições climáticas não pousarão sobre a vegetação”, disse Christian Pantenius, especialista da ONU nos setores de agricultura e alimentação. A passagem dos gafanhotos pelo Cairo na quarta-feira evocou a descrição do Antigo Testamento que trata das dez pragas que Deus enviou ao Egito. A oitava praga refere-se a nuvens de gafanhotos destruindo toda a vegetação para que a população ficasse sem alimentação. Tudo isso para fazer com que o faraó reconhecesse o deus dos hebreus como o libertador do povo.