A frase “o melhor hospital de Brasília é a ponte aérea”, cunhada pelo senador Magalhães Pinto na década de 70, refletia a precariedade dos serviços médicos da então jovem capital federal. Na semana passada, sem alarde, a reclamação do parlamentar mineiro passou de vez para a história com a inauguração do InCor-DF, sucursal do respeitado Instituto do Coração de São Paulo. Instalado dentro do complexo do Hospital das Forças Armadas em Brasília, o novo InCor é fruto de uma parceria entre a Fundação Zerbini, o Senado e a Câmara Federal. A esses dois coube entrar com R$ 56 milhões cada um para custear as obras e a compra dos aparelhos de última geração. “O maior beneficiário deste hospital será a população do Distrito Federal”, afirmou o deputado João Paulo (PT-SP), presidente da Câmara.

De qualquer modo, para os políticos, que ao primeiro sinal de problemas cardíacos pegavam o primeiro avião para São Paulo, ter o InCor por perto dá tranquilidade. O InCor-DF está estruturado para fazer 2,5 mil cirurgias cardíacas por ano, atendendo até 120 mil consultas anuais. No início, funcionará com 30 % da capacidade, usando 27 médicos vindos da instituição de São Paulo. A direção da filial do InCor está a cargo de um triunvirato formado pelos médicos Hélio Silveira, Luiz Fernando Canêo e Andrei Spósito.