27/07/2010 - 15:56
Aviso: cenas violentas. Vídeo mostra militares americanos matando jornalistas, mais uma das denúncias do site WikiLeaks
O Exército americano abriu formalmente nesta terça-feira (27) uma investigação criminal sobre o vazamento de milhares de documentos arquivados sobre a guerra do Afeganistão, informou o Pentágono.
A investigação foi confiada à mesma Divisão Criminal encarregada do dossiê de Bradley Manning, um soldado de segunda classe de 22 anos detido em maio.
Ele é suspeito de ter transmitido ao site internet WikiLeaks um vídeo mostrando o ataque de um helicóptero do exército americano que causou, em 2007, a morte de dois funcionários da agência de notícias Reuters e de várias outras pessoas, em Bagdá.
O coronel Dave Lapan, um porta-voz do Pentágono, informou que a agência vai investigar um "espectro mais amplo" em relação aos vazamentos que levaram à divulgação de 92.000 relatórios militares sobre a guerra no Afeganistão, datados de 2004 a 2009.
"A investigação em curso sobre o vazamento dos documentos a WikiLeaks (…) não se concentra sobre um indivíduo em particular, é mais ampla", disse ele.
O soldado de segunda classe, Bradley Manning, está atualmente numa prisão militar americana no Kuwait.
Segundo o porta-voz do Pentágono, Geoff Morrell, o soldado Manning é "certamente um personagem importante" neste assunto, mas não quis falar sobre o possível envolvimento dele, numa entrevista ao canal MSNBC nesta terça-feira.