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REALEZA Victoria (no centro) é a primeira na linha de sucessão. Ao lado, com o noivo, Daniel, seu ex-personal trainer

Os suecos estão bastante empolgados e orgulhosos por sediar o próximo casamento real do planeta, da princesa Victoria da Suécia, 31 anos, com o plebeu Daniel Westiling, 35, previsto para acontecer entre junho e agosto de 2010, no verão europeu.
Mas não querem desembolsar nem um centavo para financiar as provavelmente luxuosas bodas e estão usando a internet para difundir suas manifestações antimonárquicas.

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Um dos canais mais incendiários é a rede de relacionamentos Facebook.
A comunidade "Se negue a pagar a boda de Victoria", por exemplo, já tem mais de 45 mil membros, desde que o enlace foi anunciado, em 24 de fevereiro.

Tamanha mobilização popular é uma reação a uma possível suplementação no orçamento do Estado à Casa Real para custear o casamento da princesa. O povo sueco argumenta que os quase US$ 15 milhões por ano que o rei Carl Gustaf XVI, pai da noiva, recebe do governo, além, obviamente, de sua polpuda fortuna pessoal, deveriam ser suficientes para arcar com os gastos das núpcias reais – estimados em US$ 3 milhões. A indignação do povo também ecoou no Parlamento nacional.
Mas, até o momento, apenas o republicano Partido de Esquerda tem se mostrado publicamente contra essa possibilidade.

Na internet, o movimento de indignação só aumenta. "Creio que todas as pessoas valem o mesmo, inclusive a realeza. Por isso eles devem pagar sua própria boda, como qualquer sueco", afirma Fredrik Nordqvist, criador do grupo "Se negue a pagar a boda de Victoria".
O segundo mais popular na rede é o "Não quero pagar a boda de Victoria", com cerca de cinco mil membros. Independentemente de quem vai pagar a conta, analistas já preveem que o casamento gere um grande faturamento para a economia do país. Segundo a Federação Sueca de Comércio, só a venda de produtos relacionados ao evento deverá render aproximadamente US$ 300 milhões.

O setor hoteleiro também vai lucrar – são esperados 12 mil turistas a mais em Estocolmo na semana da festa – algo em torno de US$ 25 milhões. Alheios a cifras ou protestos, o casal de pombinhos desfruta seu conto de fadas particular, após Daniel pedir a mão de Victoria com toda pompa e circunstância, de joelhos, na residência particular da família real, o palácio de Drottnningholm.
É o final feliz de uma história que começou em 2002, quando Daniel se tornou personal trainer da princesa, fragilizada por distúrbios alimentares e sob forte suspeita de sofrer de anorexia.
"Com Daniel ao meu lado, eu me sinto segura", disse Victoria, em um vídeo oficial divulgado para o anúncio do noivado. "Vocês provavelmente perceberam que nos últimos anos estou mais forte e feliz. Agora chegou a hora de preparar o início de algo que será só nosso e de começar nossa própria família", declarou.

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Letizia Ortiz e Felipe de Espanha

Mais de um bilhão de telespectadores do mundo inteiro assistiram, embevecidos, ao casamento da famosa apresentadora de tevê espanhola com o único filho homem do rei Juan Carlos e da rainha Sofia, em 2004.
Foram gastos US$ 26 milhões com as núpcias do primeiro na linha de sucessão monárquica espanhola, com direito a cortejo pelas ruas de Madri e 1,4 mil convidados ilustres, incluindo representantes de 30 casas reais.

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Maxima Zorreguieta e Guillermo da Holanda

Com um vestido Valentino, a presença da fina flor da realeza mundial e das autoridades de Estado e a um custo de US$ 8 milhões, a bela economista argentina casou-se em 2002 com o príncipe dos Países Baixos, filho do príncipe Klaus e da rainha Beatriz, ao som de Adiós Nonino, de Astor Piazzolla.
Mas sem a presença do pai, Jorge Zorreguieta, impedido de comparecer à cerimônia por ter participado da ditadura argentina.

O relacionamento não transcorreu livre de polêmica. Afinal, o noivo, que nasceu e cresceu em um vilarejo no interior da Suécia, era professor quando conheceu a princesa e hoje é empresário, dono de uma rede de academias de ginástica. Há quem afirme que a decisão do casamento tenha demorado tantos anos para ser anunciada porque o rei Carl Gustaf XVI não dava autorização para o enlace – conforme determina a Constituição sueca, ele também teve de pedir a aprovação dos ministros do governo para o casamento. No vídeo divulgado pela família real, o empresário diz que seu papel principal será o de dar apoio à princesa, mas que espera um dia poder cumprir sua função de representante do Estado. "Farei tudo o que puder para satisfazer as expectativas", afirmou.

E as expectativas não são poucas, principalmente em relação a Victoria, primeira na linha de sucessão da Suécia e única mulher do mundo herdeira ao trono na atualidade. A lei que impedia uma mulher de assumir o posto mais alto da monarquia sueca foi abolida dois anos depois de Victoria ter nascido. Formada em ciências políticas e a mais velha de três irmãos, a noiva tem ligações com o Brasil.
Sua mãe, a rainha Silvia, é filha de uma brasileira e chegou a morar em São Paulo na infância.
A monarquia sueca não tem poder político, mas os representantes da realeza representam o país e recebem os estrangeiros. Além de alimentarem o sonho de milhões de plebeus pelo mundo, que esperam, ansiosos, a chegada do verão europeu de 2010 para saborear nos mínimos detalhes as bodas da princesa sueca.

Letizia Ortiz e Felipe de Espanha

Mais de um bilhão de telespectadores do mundo inteiro assistiram, embevecidos, ao casamento da famosa apresentadora de tevê espanhola com o único filho homem do rei Juan Carlos e da rainha Sofia, em 2004.
Foram gastos US$ 26 milhões com as núpcias do primeiro na linha de sucessão monárquica espanhola, com direito a cortejo pelas ruas de Madri e 1,4 mil convidados ilustres, incluindo representantes de 30 casas reais.

Maxima Zorreguieta e Guillermo da Holanda

Com um vestido Valentino, a presença da fina flor da realeza mundial e das autoridades de Estado e a um custo de US$ 8 milhões, a bela economista argentina casou-se em 2002 com o príncipe dos Países Baixos, filho do príncipe Klaus e da rainha Beatriz, ao som de Adiós Nonino, de Astor Piazzolla.
Mas sem a presença do pai, Jorge Zorreguieta, impedido de comparecer à cerimônia por ter participado da ditadura argentina.