22/07/2010 - 12:51
Para escapar de blitze da Polícia Militar, adeptos de rachas em ruas de São Paulo passaram a combinar as corridas ilegais por telefone ou internet, momentos antes de sair de casa. São os "rachas espontâneos", ou "relâmpago", modalidade que substitui antigos pontos fixos, mas ainda tem em 12 ruas e avenidas da cidade as vias mais procuradas.
Segundo levantamento do Comando de Policiamento de Trânsito (CPTran), grandes avenidas, com retas de pelo menos 400 metros de extensão (tamanho oficial de uma pista de arrancada) – como a Avenida Roberto Marinho, na zona sul, e a Marginal do Pinheiros na altura da raia olímpica da USP, na zona oeste – são os pontos mais procurados. "Como aumentou a fiscalização após a lei seca, adeptos do racha perderam os pontos fixos, que coincidiam com áreas de bares e casas noturnas. E adaptaram-se criando encontros combinados na hora", diz o capitão Paulo Sérgio Oliveira, do CPTran.
Mídias sociais são usadas pelos "rachadores" para combinar os encontros. "Costumo combinar via MSN, Twitter ou Orkut, só avisando que estou saindo de casa, em direção a algum ‘pico’", conta um estudante Diogo, de 18 anos, que não divulgou sobrenome. "Vou até um posto perto da raia da USP, ou no fim da Avenida Ricardo Jafet (no Ipiranga, zona sul), onde sempre tem alguém querendo ‘brincar’."
"O pior dos rachas na cidade já passou, mas ainda acontece nessa forma esporádica, difícil de fiscalizar. Eles vasculham a região antes, para ver se há blitze, e depois fazem os rachas", disse o tenente Cleodato Moisés, do Comando de Policiamento da Capital. Para combatê-los, o CPTran vai treinar policiais para vasculhar sites de mídia social. No ano passado, foram apreendidos nove veículos em rachas nas ruas da capital; em 2007, antes da lei seca, foram 25 apreensões.
Tragédia
Detalhe do Fiat Siena que atropelou
o filho de Cissa Guimarães
Na madrugada da terça-feira (20) desta semana, o filho da atriz Cissa Guimarães, Rafael Mascarenhas morreu atropelado enquanto andava de skate no túnel Acústico, na Gávea, zona Sul do Rio de Janeiro. De acordo com dois amigos que estavam com o jovem, o carro que atropelou o jovem de 18 anos estava em alta velocidade, pois estaria disputando um racha com outro veículo. O rapaz sofreu politraumatismo, chegou a ser levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos. O corpo foi cremado nesta quinta-feira (22).