IstoÉ_Salt_255.jpg
Clique no player acima a assista ao trailer de "Salt"

img1.jpg

A história parece jogo de marketing, mas faz todo o sentido. A vice-presidente da Sony Pictures, Amy Pascal, convidou Angelina Jolie para interpretar uma bond girl e recebeu da atriz a seguinte resposta: “Não me sinto à vontade para fazer uma delas, mas adoraria interpretar o próprio James Bond.” No thriller de espionagem “Salt”, que estreia na sexta-feira 30, Angelina não interpreta, claro, o agente secreto da coroa inglesa. Mas sua personagem bem poderia se apresentar com a frase: “Meu nome é Salt, Evelyn Salt.” Ela encarna uma oficial da CIA listada entre as mais eficientes da agência americana e, durante a ação, se lança sobre carretas em movimento, dirige motos envenenadas, pula de alturas inacreditáveis e exercita a pontaria em missões alucinantes. A diferença é que Salt não está a serviço de uma causa nobre. Ela vem sendo acusada de espionar para a Rússia. Em mais um caso em que a vida imita a arte, a trama lembra o caso da rede de agentes russos desbaratada recentemente. Nesse caso, uma imitação malfeita, já que a espiã russa Anna Chapman, por mais sedutora que pareça, está longe de ter os atributos da senhora Brad Pitt.

img.jpg
ESPIÃ RUSSA
Angelina Jolie como a oficial Evelyn Salt, acusada de espionar para os russos:
enredo lembra história real envolvendo a agente Anna Chapman

As aventuras de Salt vinham passando de mão em mão em Hollywood até interessarem ao diretor Philip Noyce e à atriz Angelina Jolie. Na verdade, o papel da agente da CIA que tenta provar sua inocência era masculino – e já tinha até um nome confirmado para vivê-lo: Tom Cruise. O ator desistiu do projeto e apostou em outro filme, “Encontro Explosivo”, em cartaz no Brasil. Foi quando a vice-presidente da Sony teve a ideia de mudar o sexo do agente secreto e refazer o convite a Angelina. Se em filmes como “Tomb Rider” e “O Procurado”, a atriz provou que mulheres podem encabeçar um filme de ação, em “Salt” ela mostra que é também capaz de substituir um homem mesmo que seja um personagem movido a pura testosterona. Nas cenas mais desafiadoras fisicamente, ela encara sequências de luta e anda pelas paredes – o que a obrigou a atuar com cabos nas costas.

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

Embora tenha dito à revista americana “Vanity Fair” que não coloca a atuação como uma prioridade na vida e que pode largar a carreira cinematográfica num futuro próximo, Angelina é uma das poucas atrizes americanas que passaram a ganhar mais num cenário em que os cachês de estrelas foram reajustados – para baixo – com a crise experimentada pela indústria do cinema. Ela recebeu US$ 20 milhões para atuar em “Salt”, cinco a mais que em “O Procurado”. Esse, aliás, foi o último filme que fez antes do recesso de dois anos. A explicação, mais uma vez, é a tal prioridade. Mãe de seis garotos – três naturais e três adotados –, Angelina fez um trato de se revezar com Brad Pitt nas produçoes de cinema para que a educação dos filhos não seja prejudicada. Enquanto ela filma, ele cuida das crianças, e vice-versa. Na vez dela, ao levar o filho Maddox em um clube de voo, o menino quis voar num teco-teco. Angelina aprendeu a pilotar para satisfazer o sonho do garoto e hoje tem um avião Cirrus SR 22 Turbo. Ou seja: mesmo na vida real, Angelina é uma mulher de ação. Até maio deste ano ela esteve envolvida com a produção de “O Turista”, em que contracena com Johnny Depp: como a trama se passa em Veneza, o casal se mudou para lá e foi Pitt quem deu uma de babá. Versão pop do casal Elizabeth Taylor e Richard Burton, Angelina e Pitt ficarão ainda mais associados ao par mais escandaloso de Hollywood depois que ela interpretar a rainha egípcia Cleópatra numa supeprodução prevista para 2011. Mas, pelo visto, não vai ser dessa vez que Pitt encarnará Marco Antonio.

G_jolie.jpg


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias