Nem todos possuem fé no sobrenatural.  Tampouco creditam a deuses mudanças no curso de sua vida – ou morte.  Mas quem já não se viu em meio a uma agonia injustificada ou não quis livrar-se de um “mal” que, mesmo tendo um fato em sua gênese, é ambientado por fantasmagorias vindas sabe-se lá de onde? Sejam os sofrimentos provocados por lixos do inconsciente, sejam eles provocações do “tinhoso”, é inegável que a religião e suas representações há muito nos servem de alento. “A Cruz sagrada seja minha luz/Não seja o dragão meu guia/Retira-te Satanás/Nunca me aconselhe coisas vãs” é um ­trecho da oração inscrita na medalha de São Bento. A ela atribui-se poder contra males do corpo ou do espírito. “O maior será o que serve, não o que espera ser servido” (Lucas 22:26) foi um dos ensinamentos de Jesus Cristo antes de sua ­crucificação, durante A Santa Ceia – que aqui vem em serigrafia estilizada. Buda, que, na verdade, não constitui uma persona, mas indica “aquele que sabe a verdade”, vem personificado no principal deles: o Sidarta Gautama, considerado fundador do budismo. Em meio a tanto sincretismo, o que é bastante positivo, não dá para negar a força simbólica daqueles que fornecem conforto espiritual a tanta gente em todo o mundo.

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