Em seu 37º livro, lançado
no dia 1º de agosto pela Editora
Canção Nova (120 págs., R$ 18),
Gabriel Chalita junta o amor
confesso à profissão de mestre
ao ardor religioso. Desta vez, o secretário de Educação do Estado de São Paulo fornece a professores, pais e filhos uma forma de lidar com momentos difíceis e situações de impasse e dúvidas vividos na escola ou em casa por meio da prece. Educar em oração traz textos que abordam de ética a paixões não correspondidas, preocupação que domina nove entre dez corações adolescentes. Pode parecer uma volta às origens, já que Chalita, ex-seminarista, começou a escrever ainda na juventude, sendo de cunho religioso seus primeiros oito livros. O novo lançamento, no entanto, tem a mão do educador. “A idéia é fazer as pessoas refletirem sobre a importância da educação na vida delas. Incluo nestes diálogos com Deus temas pedagógicos importantes, como a educação inclusiva, o autoritarismo do diretor, o olho no olho tão necessário entre professor e aluno”, relata Chalita.

Homenagens – Cerca de 600 pessoas compareceram ao lançamento do livro, realizado em São Paulo e transmitido pelo Sistema de Comunicação Canção Nova, de Cachoeira Paulista, terra natal do secretário. Mantida pela Fundação João Paulo II, a rede de comunicação inclui canais UHF de televisão e rádios AM e FM em todo o Brasil, além do portal www.cancaonova.com.br. Entre as personalidades estavam o padre Marcelo Rossi, a primeira-dama Lu Alckmin, Milú Villela, presidente do MAM (Museu de Arte Moderna) e do Instituto Faça Parte, e a cantora Joanna, que o homenagearam lendo trechos da obra. Padre Marcelo, que leu a oração do amigo, ressalta a importância da atitude de Chalita. “Um padre escrever um livro de orações é bom, mas um educador falar de oração para outro é ainda melhor. O secretário é adepto da pedagogia do amor e não tem medo de se posicionar, respeitando sempre o outro. Como disse o jornal El Pais, da Espanha, Chalita é um filósofo cristão”, opina o padre.

O secretário de Educação de São Paulo não esqueceu de ninguém na obra, que vendeu 30 mil exemplares em dez dias. São 30 mensagens endereçadas ao servente, ao mestre aposentado e ao desempregado, aos pais, aos avós, aos que temem o fracasso escolar, ao aluno especial, aos órfãos, entre outros. “Vejo a religião não de forma institucional, mas como uma forma de ligação com Deus. De qualquer maneira, os textos servem também a pessoas não-religiosas, pois induzem à reflexão sobre as relações com a criança e o jovem”, explica. O livro, escrito em duas semanas, nasceu de uma conversa com um rapaz que chorava pela perda de um grande amor. “Acordei pensando em sua dor e quis lhe fazer um poema. Saiu a oração do aluno apaixonado”, conta o secretário, que deve lançar no próximo mês pela Editora Rocco A ética do rei menino, uma fábula sobre o reino mágico da consciência.

Autor de obras de filosofia e direito, Chalita mescla o preparo acadêmico às dificuldades de relacionamento comuns do dia-a-dia para chamar a ética de
“mãe da felicidade” e de “código de conduta que visa o bem”. Usa a
poesia para citar o conhecimento como “motor que move sentimentos e controla tempestades”. Em suas palavras, o professor é um gerenciador dos sonhos das crianças que passam por suas mãos e dependem do jeito, do olhar ou do toque positivo ou negativo que ele lhes dá.

De sua cadeira, o secretário de Educação sabe que, num país com
a carência educacional do Brasil, o bom educador é um expert em
gerenciar seus próprios sonhos.

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