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O lhe ao redor. Do microchip instala do no seu celular ultrafino, passando pelo remédio antialérgico, ao protetor solar fator 20, muito daquilo com o que convivemos diariamente é feito com base numa das mais avançadas tecnologias: a chamada nanotecnologia. O nome pode até soar estranho, mas acostume-se a ele: a nano envolve estruturas tão pequenas quanto o diâmetro de um fio de cabelo (um nanômetro equivale a um milionésimo de milímetro), mas produz gigantes mudanças no nosso modo de viver. Através dessa tecnologia, os cientistas descobrem, por exemplo, que átomos de carbono podem aumentar em até 200 vezes a resistência de uma raquete de tênis, deixando-a mais forte e, ao mesmo tempo, mais leve. No início deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva inaugurou o Centro de Nanociência e Nanotecnologia César Lattes na cidade paulista de Campinas. "Esse é o caminho para entrarmos no mapa dos países desenvolvidos", disse ele.

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"O iPod talvez seja o emblema maior da nanotecnologia", diz Oswaldo Luiz Alvez, professor do Instituto de Química da Universidade de Campinas. Na verdade, basta olhar para um delicado aparelho de música digital para entender o que é a nanotecnologia: muita informação condensada em uma diminuta memória. São 40 mil músicas dentro de um aparelho com dez centímetros de comprimento. "A memória flash que ele utiliza é feita com conhecimento nanotecnológico", diz Alves. Segundo ele, até medicamentos já se valem desse avanço: é o caso do Abraxane, fármaco nanotecnológico usado em câncer de mama. Outro remédio é o antialérgico Loratadine, que teve as moléculas dos princípios ativos alteradas para render até 75% mais, diminuindo os efeitos colaterais.

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