Existem hoje em todo o mundo 39,4 milhões de pessoas portadoras do HIV. A epidemia continua crescendo e o que mais desperta atenção no Boletim Epidemiológico 2004 divulgado na quarta-feira 24 pelo Unaids (órgão da ONU que trata da Aids) é o aumento dos casos de contaminação entre as mulheres e os usuários de drogas injetáveis. Ao mesmo tempo, são justamente as mulheres e os dependentes químicos os pontos mais frágeis no combate mundial à doença. A mulher pelo fato de ter os seus direitos ainda muito desrespeitados e ser vítima de abusos e de dependência econômica. E os usuários de drogas por ser um grupo “politicamente impopular”, como explicou a vice-diretora da Unaids, Kathleen Cravero. As mulheres infectadas representam 47,3% do total. Trata-se de uma incidência recorde. Em dez anos elas poderão ultrapassar os homens se essa trágica estatística se mantiver nesse ritmo. E os indivíduos contaminados pelo uso de droga injetável passaram de 8 milhões no ano passado para 13,5 milhões em 2004.

No Brasil, o Ministério da Saúde lançou a Pesquisa de conhecimento, atitudes e práticas relacionadas às infecções sexualmente transmissíveis. Revela que 96% dos brasileiros concordam que a camisinha é a melhor forma de prevenção. Mesmo assim, dos seis mil brasileiros de 15 a 54 anos entrevistados, só 25,3% deles usam preservativo. Entre os que não têm parceiro fixo, 44,8% dos homens e 42% das mulheres se protegem. E 15% das pessoas que têm parceiro fixo usam camisinha.


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