Há quem acredite que a originalidade de um produto seja relativa. Se ele é original, por exemplo, significa que tenha uma característica diferenciada? Talvez a possua, mas apenas se essa propriedade não incorrer na bizarrice pela bizarrice. A originalidade prescinde de uma utilidade, ainda que somente para quem consuma o produto ou para quem o ganhe – o bizarro por si só pode ter uma função perturbadora. Mas pode-se recorrer ao popular, que é o que define na prática os conceitos. Há os ditos “quer aparecer, coloque uma melancia no pescoço” e “em terra de cego, quem tem um olho é rei”.

No primeiro, é como se ouvíssemos: “Uma melancia no pescoço não serve para nada. Sai pra lá com sua pretensa originalidade.” No segundo, supõe-se que a visão seja essencial para uma sociedade, tanto que o ser que vê é tão original que vira o rei. Vale analisar as apostas de SEU BOLSO: um aparelho que permite ouvir sons da natureza, outro que simula a luz solar, uma mala que vira mesa e uma cabeça-vaso. São originais? Com o leitor, a resposta.

img1.jpg


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias