Acabou o sonho do hexacampeonato da Seleção Brasileira na Copa do Mundo da África do Sul. O time comandado por Dunga naufragou no segundo tempo e perdeu de virada por 2 a 1 para a Holanda nas quartas de final, nesta sexta-feira, em Port Elizabeth.

Agora a Holanda viaja para a cidade do Cabo, para enfrentar o vencedor do duelo entre Uruguai e Gana. O adversário será conhecido ainda nesta sexta. O Brasil volta para casa já neste sábado.

Um novo nome a ser anotado na história como carrasco do futebol brasileiro: Wesley Sneijder. O camisa 10 da Holanda foi o principal responsável pela virada. Depois de levantar a bola na área e provocar o gol contra de Felipe Melo, marcou de cabeça – na altura dos seus 1,70 m, o gol que enterrou a participação brasileira na Copa.

Felipe Melo, que havia dado uma bela assistência no primeiro tempo quando o Brasil abriu o placar, teve um final trágico na partida. Além de ter marcado contra, acabou expulso depois de pisar no craque holandês Robben. Foi a imagem do apagão que sofreu o Brasil no segundo tempo. Os jogadores mostraram desespero e desequilíbrio em campo.

No começo do jogo, foram os holandeses que ficaram perdidos. Até pareciam muito bem armados nos primeiros movimentos. Davam espaço para a primeira saída de bola do Brasil, depois tentavam agressivamente o desarme a partida da intermediária de seu ataque. Numa clara proposta de não deixar a bola chegar redonda até os homens de frente da Seleção.

Mas a engrenagem holandesa falhou e Felipe Melo deu uma assistência milimétrica do meio de campo e deixou Robinho na cara do gol. De primeira, o atacante arrematou sem chances para o goleiro Stekelenburg. Isso com apenas 10 minutos de jogo.

Estranhamente quem tentava acompanhar Robinho era o craque ofensivo do time holandês, Robben. Depois de não alcançar o atacante brasileiro e ver a rede balançar se virou para o banco de reservas e levou uma bronca do técnico Van Marwijk. Não gostou, abriu os braços e reclamou. Fez sinal de que não era ele que deveria estar ali.

O gol desajustou a organizada equipe holandesa. Os brasileiros de aproveitaram e continuaram criando boas chances. Juan chutou por cima do travessão após cruzamento de Daniel Alves. Kaká por pouco não fez um golaço de cobertura – o goleiro holandês salvou.
A defesa brasileira também foi eficiente nos lances capitais do primeiro tempo. Robben tentava sua jogada característica de receber a bola pela ponta direita, cortar para dentro e arrematar com a esquerda. Era parado no domínio de bola por Michel Bastos – algumas vezes com falta – ou na hora da finalização pelos zagueiros e volantes.

Mas, logo com 8 minutos de bola rolando no segundo tempo, um lance que parecia banal mudou novamente o jogo. Sneijder cruzou a bola em direção ao gol brasileiro. Júlio César saiu do gol para tentar afastar com um oco, trombou com o volante Felipe Melo e viu a rede balançar. A bola ainda resvalou na cabeça do volante brasileiro.

Abalado, o Brasil passou a assistir a Holanda em campo. O time europeu aproveitou e deu a cartada final aos 23min. Depois de cobrança de escanteio de Robben, Kuyt desviou no primeiro pau e Sneijder nem precisou pular para arrematar. Sozinho, sem marcação. A zaga brasileira toda ficou apenas assistindo ao lance.

Dunga ainda tentou uma medida desesperada e colocou Nilmar no lugar do artilheiro do time, Luis Fabiano. Com um jogador a menos, a Seleção até tentou contra-ataques, mas não deu. Foi o fim do sonho do hexa. 

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