85% da população desaprova o aumento no números de deputados, mostra pesquisa

Lula Marques/Agência Brasil
Câmara dos Deputados Foto: Lula Marques/Agência Brasil

Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira, dia 16, mostra que 85% da população desaprova o aumento do número de deputados federais de 513 para 531. Apenas 9% aprova a decisão do Congresso que foi vetada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta. 6% das pessoas ouvidas não souberam ou não quiseram responder.

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A desaprovação é maior entre os homens (89%), no entanto, o número também é alto entre as mulheres (79%). Em relação à faixa etária, o grupo majoritário contra a medida é o de pessoas com 60 anos ou mais: 88% desaprovam o aumento. Em seguida aparecem as pessoas de 35 a 59 anos (85%). A desaprovação também é grande entre pessoas de 16 a 34 anos: 80%.

Pessoas com ensino superior completo são as que mais desaprovam o aumento no número dos deputados: 93%. Em seguida estão aqueles com ensino médio completo (83%) e aqueles que têm até o ensino fundamental (76%).

Pessoas com renda familiar de mais de cinco salários mínimos são as que desaprovam de forma mais veemente a decisão (92%), seguidas por aquelas que recebem mais de dois a cinco salários mínimos (86%) e das que ganham até dois salários mínimos (78%).

Em relação à religião, 86% dos católicos desaprovam a decisão, seguidos pelos evangélicos, que somam 79% contra o aumento no número de representantes na Câmara. Além disso, 87% dos entrevistados que desaprovam a decisão afirmaram que votaram em Jair Bolsonaro no segundo turno das eleições de 2022. Pessoas que votaram no presidente Lula também desaprovaram a medida de forma majoritária (85%).

Quando a região é avaliada, o Sudeste aparece com o maior número de pessoas que desaprovam a medida (87%). O Nordeste aparece em segundo lugar (85%), seguido pelo Centro-Oeste e pelo Norte do Brasil (83%). No Sul, 77% dos entrevistados são contra o número maior de representantes.

A pesquisa ouviu 2.004 pessoas com 16 anos ou mais entre os dias 10 e 14 de julho. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança do levantamento é de 95%.