O escritor americano Norman Mailer, falecido no mês passado aos 84 anos, tinha aversão ao feminismo e se dizia preocupado ao acreditar que “as mulheres dominariam o mundo”. Mas seu alvo em O castelo na floresta (Companhia das Letras, 423 págs., R$ 55) é outro: o ditador Adolf Hitler. O narrador da história se apresenta como um oficial nazista para depois revelar-se como um diabo de baixa patente encarregado pelo diabo-chefe de cuidar do führer. Lançado um pouco antes de sua morte, o romance causou polêmica e teve um trecho erótico considerado a pior descrição de uma cena de sexo na literatura americana de 2007.