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Após quatro meses cercado por andaimes, o Cristo Redentor, símbolo do Rio de Janeiro, voltou a abrir os braços para a cidade, ao ser reinaugurado nesta quarta-feira.
O monumento, de 38 metros e que mostra Jesus Cristo de braços abertos, entrou em reforma em março, em parceria entre a mineradora Vale do Rio Doce e a Arquidiocese do Rio de Janeiro, para uma obra de 7 milhões de reais.
A mineradora comprometeu-se ainda a cuidar da manutenção e conservação do Cristo até 2015.
A famosa estátua, que está prestes a completar 80 anos – foi inaugurada em 12 de outubro de 1931 -, estava com rachaduras, infiltrações, além da perda de parte de sua cobertura, composta por mosaicos de pedra sabão.
A reposição dessas peças foi a parte mais difícil, segundo a arquiteta Márcia Braga, responsável pela restauração do famoso ponto turístico. "O pior foi encontrar as peças com as cores adequadas para não ter uma variação cromática", explicou em uma coletiva de imprensa. A solução encontrada foi utilizar as mais de 60 mil pedras sabão necessárias da mesma jazida que forneceu as peças na época da construção da estátua.
E os trabalhos de restauração não se limitaram à parte externa do monumento, já que, além da desobstrução de um dreno, que mantinha em cada braço do monumento cerca de 300 litros de água, foi instalado um sistema de iluminação interno.
"Conseguimos também reativar a manta catódica, que impede a ferrugem do concreto armado", esclareceu Clézio Dutra, engenheiro responsável pela obra.
Localizado a 709 metros de altura no morro do Corcovado, no Parque Nacional da Tijuca, o Cristo Redentor passou por reformas há pouco tempo, em 2003, quando foram instaladas escadas rolantes e elevadores para facilitar o acesso – antes era preciso vencer 220 degraus – mas a atual restauração é, sem dúvida, a maior já feita em toda a história da estátua.
Construído de concreto armado e totalmente revestido por um mosaico de pedra sabão, o Cristo Redentor, projetado pelo engenheiro Heitor Silva Costa, desenhado pelo artista plástico Carlos Oswald e com colaboração do escultor francês de origem polonesa Paul Landowski, recebe cerca de dois milhões de turistas anualmente.
E esse número deve subir nos próximos anos, já que a cidade do Rio de Janeiro, que abriga a estátua, será sede da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016.
O Cristo Redentor foi eleito uma das sete maravilhas do mundo moderno no dia 7 de julho de 2007 em Lisboa, ao lado de monumentos como o Taj Mahal e a cidade de Machu Pichu, e em dezembro de 2009 foi declarado patrimônio nacional do Brasil.
No último mês de abril, durante o processo de reforma e após fortes chuvas que castigaram a cidade do Rio de Janeiro, a estátua ficou totalmente isolada após deslizamentos na estrada que dá acesso a ela. Isso dificultou a execução da obra e impediu que turistas de todo o mundo a visitassem por vários dias.
Essa reinauguração virá acompanhada de uma iluminação especial, nas cores verde e amarelo, que começará nesta quarta-feira e poderá ser observada pelas próximas sete noites.