O furacão Vera Fischer está manso, tanto que seus 56 anos completados no último dia 27 foram festejados de forma discreta. “Estou mais madura e sossegada”, contou a atriz, que lança na segunda-feira 10 uma autobiografia sobre sua infância e adolescência. No livro Vera, a pequena Moisi (Moisi era seu apelido quando criança), ela expõe com coragem a promessa feita, em um diário, de matar seu pai depois de ter levado um soco. “Não precisei fazê-lo. A vida se encarregou disso. Ele morreu de câncer”, escreveu.

Quanto tempo levou para finalizar o livro?
Cinco ou seis meses. Comecei a escrever a partir de anotações e diários que tinha pela casa e acrescentei reflexões minhas sobre o passado. Escrevi à mão, não uso computador.

O que foi mais difícil de colocar no papel?
Tudo. Não foi fácil lembrar das coisas de criança, mas tive a ajuda da minha babá, Ivone, que cuidou de mim quando eu tinha dois anos.

Qual lembrança foi mais dolorosa?
A morte precoce do meu irmão (aos 20 anos) e lembrar das maldades que eu fazia com ele na infância. Quando ele morreu, estávamos afastados, eu morava no Rio.

Por que enfocou só a infância e adolescência?
Esse livro é até meu primeiro beijo. A segunda autobiografia será lançada na metade do ano que vem.