O ano de 2004 foi mais verde-e-amarelo  do que nunca: o Brasil virou moda lá  fora e desfilou, garboso, nas passarelas internacionais. Mas muito antes disso, em 1999, a revista ISTOÉ deu o pontapé inicial para promover os nossos valores, ao criar o projeto O Brasileiro do Século, homenageando o ex-presidente Juscelino Kubitschek. Em 2000, ISTOÉ prosseguia a idéia de expor “o melhor do Brasil” – como diria o folclorista Câmara Cascudo (1898-1986) – através do projeto O Brasileiro do Ano. Na noite de segunda-feira 13, cerca de mil pessoas prestigiaram a festa – no Tom Brasil, em São Paulo – que teve como principal homenageado o ministro chefe da Casa Civil, José Dirceu. Incansável lutador na trincheira contra os juros altos e pelo crescimento econômico, Dirceu foi escolhido O Brasileiro do Ano, entre os 15 premiados pelas revistas ISTOÉ, ISTOÉ Dinheiro e ISTOÉ Gente, da Editora Três. Editor e diretor responsável da Editora Três, Domingo Alzugaray lembrou, no discurso que iniciou a cerimônia, a antológica frase “O sertanejo é antes de tudo um forte”, do autor de Os sertões, Euclides da Cunha. “O Brasil é um país que luta pelo seu desenvolvimento com tenacidade e persistência e consegue superar todos os esquemas montados para deter esse desenvolvimento e brecar o crescimento. Em qualquer país, juntar juros altos, estratosféricos, carga tributária violentíssima, é um coquetel molotov que leva fatalmente à estrada da recessão. Mas no Brasil não. São aplicadas doses maciças de juros e tributos e o País resiste e cresce”, afirmou Alzugaray.

“A força e a determinação dos brasileiros fazem a grande diferença. O brasileiro cai e levanta, apanha, mas não entrega os pontos. Vai em frente e, como o sertanejo de Euclides da Cunha, o brasileiro é antes de tudo um forte. Esse é o fio condutor que liga os 15 brasileiros homenageados nessa noite. Todos eles souberam suportar a carga e ir em frente”, completou Alzugaray. Ao agradecer a homenagem, Dirceu reiterou sua paixão pelo Brasil. ISTOÉ premiou ainda o maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima (Esporte), o deputado federal do PP Delfim Netto (Economia), o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação e Gestão Estratégica da Presidência da República, Luiz Gushiken (Comunicação Social), e o prefeito eleito de São Paulo, José Serra, do PSDB (Política). Em seu discurso de agradecimento, Gushiken afirmou que parte da homenagem se deve à campanha para elevar a auto-estima do povo, feita em parceria com a Associação Brasileira de Anunciantes (ABA). “A ISTOÉ foi a primeira revista que incentivou a engajar o Brasil na campanha de auto-estima”, lembrou Gushiken, referindo-se à campanha que tem como slogan “O Melhor do Brasil é o Brasileiro”. E sua resistência.