Os palcos mais intimistas estão ficando pequenos para o talento da paulista Ana Canãs, 27 anos, que despontou na cena musical cantando na noite paulistana – justamente para poucas pessoas em sofisticados bares, como o All Jazz e o Baretto. Agora, para lançar o seu primeiro CD, Amor e caos, Ana escolheu uma casa um pouco maior: o Bourbon Street, que lotou os seus 450 lugares. Era um público disposto a conferir ao vivo essa nova promessa da MPB que coleciona elogios de Chico Buarque e Caetano Veloso. Apaixonada por jazz, ela se sente à vontade em casas noturnas: “A atmosfera jazzística é muito boa, fico perto do público e acompanho todas as reações”.

Em seu camarim reina a extroversão. Descontraída, ela dispensa rituais, à exceção de uma vela que acende antes de cada espetáculo: “Não sou supersticiosa, minha fé está naquilo que faço. Sei da minha responsabilidade em subir ao palco e fazer um bom show para quem está assistindo.” Ana come pimenta e toma vinho tinto para aquecer a voz . O seu traje para o show era especial: vestido customizado pelo marido, o artista plástico Flávio Rossi.