O Rio de Janeiro está para Mandrake assim como Nova York está para Sex and the city. A produtora carioca Conspiração conclui a todo vapor a primeira temporada desse seriado, encomendado pela HBO e dirigido por José Henrique Fonseca e André Barros. Mandrake, interpretado pelo ator Marcos Palmeira, é um advogado que salva mulheres bonitas e depois faz sexo com elas – aliás, aqui o sexo não ocupa tanto espaço quanto nas mentes das nova-iorquinas de Sex and the city, mas a sua presença é forte. Mandrake tem um caso com Lígia (Mônica Martelli). A atriz brinca: “Eu sou o máximo, pego geral, sou o Mandrake de saias.”

A carioquice está no roteiro (inspirado em Rubem Fonseca) e no descontraído ambiente dos sets. Na semana passada o elenco deixou de ponta-cabeça o saguão do hotel Ibero Star, em Copacabana. “Parou o papo aí, galera. Ô brother, nem um pio, geral não fala mais nadinha. Bora gravar”, gritava o produtor com o boné virado para trás. A camareira cochilava com os cotovelos no piano e José Henrique, pés para cima, logo deu a cena por concluída. E ironizou Felipe Kannenberg: “Tá gatão, cara!” O ator, num paletó de veludo meio canastrão, interpreta o chefe (e amante) de Lígia.