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Se você está impressionado com a queda da Selic nos últimos meses, não se iluda. A taxa básica do Banco Central saiu de 19,75% ao ano, em maio de 2005, para 12% neste mês. No entanto, os encargos financeiros para quem toma empréstimo não caíram no mesmo ritmo. Duas pesquisas divulgadas na semana passada, pelo Procon-SP e pela Anefac, mostraram que pegar dinheiro emprestado em bancos e financeiras ainda é um péssimo negócio. Todo cuidado é pouco. A taxa média do cheque especial variou somente de 8,07% para 7,79% ao mês, de maio de 2006 até agora, enquanto a de empréstimo pessoal passou de 5,59% para 5,37% no mesmo período. Mas, segundo o economista Miguel José Ribeiro de Oliveira, vice-presidente da Anefac, esse cenário deve mudar em breve. "A tendência é que já em 2008 os bancos passem a reduzir suas taxas em um ritmo mais rápido do que a Selic", afirma. Isso ocorre porque, com a queda dos juros, oferecer crédito se torna mais lucrativo para os bancos. Mesmo assim, os financiamentos continuam sendo alternativas caras, sobretudo o cheque especial e o crédito rotativo do cartão. "Em caso de empréstimo, as pessoas devem optar pelo crédito consignado ou o CDC, que têm taxas menores", adverte Oliveira.