Foi tudo em cima da hora e com o Rio de Janeiro debaixo de chuva: mal deu tempo de a produção do show do cantor Jerry Adriani avisar que o espetáculo que ele daria no Canecão, na quarta-feira 24, fora adiado para o dia seguinte – o que não se podia arriscar era uma casa vazia para esse ídolo da jovem guarda que, ao longo de 43 anos de carreira, só se apresentou para platéias lotadas. Apesar do corre-corre, na quinta-feira lá estava ele no palco e o Canecão abrigando uma multidão de fãs. Em seu camarim, o cantor comentava: “Tem gente que acha que é sorte, tem gente que acha que é destino. Para mim, é uma questão de fé.” Essa fé Jerry Adriani tem em Jesus Cristo, na Virgem Maria e nos anjos da guarda.

O cantor reverencia um ídolo: Elvis Presley, cuja imagem estava estampada em sua camisa. Mais: Jerry homenageou Elvis com versões de Kiss me quick e Don´t be cruel: “Sou fã dele desde garoto. Me identifico. Não me considero parecido, é admiração mesmo.” Além de cantar em inglês, ele também interpreta em italiano Amore scusami e Adagio. O espetáculo, gravado ao vivo, vai virar o seu primeiro DVD com lançamento previsto somente para o ano que vem. Os fãs que bateram ponto no Canecão ouviram uma canção inédita, Balada hi-fi, e diversos sucessos antigos como Ninguém poderá julgar-me e Querida.