Se você possui o hábito de reservar ações em ofertas públicas iniciais (os chamados IPOs) e vendê-las logo na abertura do primeiro pregão somente para embolsar o lucro da imediata valorização, tome cuidado. A Bovespa está de olho. Um investidor desse tipo é mais conhecido como flipper, nome do simpático golfinho da antiga série de tevê. Em vez de atrair simpatia, os flippers estão na mira a pedido dos próprios bancos de investimento. Não é de hoje que as instituições reclamam do alto número de vendas imediatas de ações por investidores pessoa-física, mas somente agora haverá a monitoração do perfil desses especuladores. A Bovespa continuará permitindo o sistema de reservas antes de IPOs, mas reterá o número de CPF do cliente. Assim, ela poderá checar o histórico do investidor. Será considerado flipper se tiver vendido suas ações nos três primeiros dias após a estréia na Bolsa, durante as três últimas ofertas. Também entrará na lista quem vendeu seus papéis no primeiro dia das cinco últimas ofertas. O investidor espertalhão será tratado como cliente nãopreferencial e poderá até ficar de fora do IPO.

DESTAQUE: US$ 6 BILHÕES FOI O VALOR ARRECADADO EM IPOS NO BRASIL EM 2007