Quando o público entra no teatro do Colégio Santa Cruz, em São Paulo, poucas pessoas percebem que o elenco da Intrépida Trupe já está no palco – quer dizer, já está pendurado no palco a aproximadamente três metros de altura. É lá no alto que começa o espetáculo Metegol, que homenageia o futebol e os 20 anos de existência do grupo. Para que não haja acidentes, os artistas costumam chegar três horas antes do início da apresentação. São eles que fazem a própria maquiagem e arrumam os figurinos. Tudo precisa ser checado, desde as roldanas aos bastões que ficam ao lado do palco.

É necessário também que todos saibam onde estão as suas tesouras, pois é com elas que cada integrante corta fitas que “transformarão” o palco em campo. Depois de uma hora de aquecimento, trechos da coreografia são corrigidos – ou mesmo modificados. Enquanto alguns atores continuam os exercícios, outros se juntam em uma roda de futebol — a bola sai voando sobre a platéia. “Como jogadores, somos ótimos acrobatas”, brinca Renato Linhares, diretor artístico e há seis anos integrante da Trupe. É ele quem comanda uma oração pedindo proteção ao anjo da guarda da turma, minutos antes de se amarrarem às cordas e irem para o alto esperar o público.


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