A polícia do Paraná não havia solucionado, até a quarta-feira 2, o mistério que cerca o assassinato do escritor Wilson Bueno, encontrado morto em sua casa em Curitiba com ferimentos (facadas) no pescoço. A sua morte, aos 61 anos e com uma trajetória de 13 livros publicados, representa uma grave ferida na literatura brasileira. Dono de uma escrita vigorosa e experimental, Bueno seguia uma trilha solitária na produção contemporânea. Recusou os modismos em troca do estilo onírico e inquieto em obras como “Mar Paraguayo” e “A Copista de Ka a”. Sua morte encerra uma renovação literária da qual ele era um dos protagonistas.