Acompanhe uma sessão de aplicações de ácido hialurônico e saiba mais sobre a revolucionária substância que age contra rugas profundas do rosto

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Assista ao vídeo e confira o antes e depois da recepcionista Juliana Clauz após sessão de aplicações do ácido hialurônico pela dermatologista Mônica Fiszbaum

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Diga o que vier à mente: conhece algo que apague rugas, recupere os contornos e volume da face, dos seios e do bumbum, além de melhorar muito a aparência da celulite em grau avançado? Se pensou só em uma boa cirurgia plástica, enganou-se. Há mais uma alternativa: uma substância conhecida por ácido hialurônico (HA, sigla do inglês hyaluronic acid), um preenchedor cada vez mais empregado para resolver problemas estéticos.

No Brasil, já é o segundo procedimento mais procurado nos consultórios. Perde apenas para a toxina botulínica, indicada para reparar as marcas de expressão que ficam visíveis com o rosto em movimento, como aquelas situadas entre as sobrancelhas. Já o HA se destina às rugas aparentes com o rosto em repouso, como o sulco nasolabial (ou bigode chinês). “Quem busca rejuvenescimento fica feliz com o resultado”, diz a dermatologista Mônica Fiszbaum, de São Paulo. “É o preenchedor que mais perto chega do ideal. Bem indicado e aplicado, não traz problemas”, sentencia o dermatologista Otávio Macedo (SP). Os preenchedores mais antigos são definitivos. Endurecem e não acompanham as mudanças na estrutura do rosto.

A chave do sucesso do HA é ser muito parecido com o ácido hialurônico fabricado pelo organismo. “Por isso, ele é gradualmente absorvido”, diz a dermatologista Ediléia Bagatin, da Universidade Federal de São Paulo. Seus efeitos podem durar até um ano e meio. Outra vantagem é a rapidez da aplicação. “Os acertos no meu rosto levaram vinte minutos”, conta a recepcionista Juliana Clauz, 26 anos. Ela remodelou o contorno, levantou um pouco o nariz e amenizou sulcos. “Logo depois fui trabalhar”, diz.

A substância está ganhando novas versões e aplicações. Recentemente, foi lançada na forma de um gel mais denso, o Voluma, da Allergan, para dar volume à face e corrigir depressões na pele causadas pela celulite, envelhecimento ou dieta (para seios e bumbum usam-se moléculas ainda maiores, como o Macrolane). Outra novidade são as fórmulas com um anestésico embutido, a lidocaína. O Juvedérm, para rugas menores, já é assim e há outros esperando liberação governamental. Entre eles, estão opções fabricadas pela companhia sueca Q-Med.

O HA também começa a ser adicionado a cremes anti-idade e aos filtros solares. Empresas como a Avon, Vichy e a La Roche Posay lançaram artigos com o composto. A Avène, produtora da linha Eluage, colocará em breve no mercado uma variação para o contorno dos olhos com o ácido na forma fragmentada. “Em moléculas menores, estimula o corpo a produzir mais do seu próprio ácido hialurônico”, disse a ISTOÉ o pesquisador Jean-Hilaire Saurat, especialista no estudo do envelhecimento da pele e professor da Universidade de Genebra.