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"Isso que é camarim, o resto é encenação”, diz o ator e diretor José Celso Martinez Corrêa, 70 anos, referindo-se ao despojamento do lugar, sem sofás, geladeiras e grandes espelhos. E, de fato, “o resto” é encenação. No caso, a da peça Santidade, em cartaz no Teatro Oficina, em São Paulo. O espetáculo integra as comemorações dos 50 anos da companhia, a serem completados em agosto de 2008. Zé Celso, diretor do grupo desde a fundação, divide com Haroldo Costa Ferrari e Fransérgio Araújo não só a cena como o camarim. Ele só ocupou um espaço individual quando não pôde subir os três lances de escada devido a problemas na coluna. No domingo 12, ainda sentia dores. Uma pomada, aplicada por um de seus assistentes, foi a solução de emergência. Sem ares de santidade, embora seja uma espécie de guia espírito-intelectual do festejado grupo, o diretor checou o som do piano e arrumou o figurino. As roupas precisam estar organizadas para ele se vestir rápido durante o espetáculo – na primeira cena, Zé Celso aparece nu. O figurino, das cuecas aos cobertores, é assinado pelo estilista Alexandre Herchcovich.

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