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O Brasil deve crescer 6,3% em 2010, apontou a Pesquisa Febraban de projeções macroeconômicas e expectativas de mercado, divulgada hoje pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). O levantamento foi realizado com 31 instituições financeiras entre os dias 6 e 10 de maio. Na pesquisa anterior, a expectativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) estava em 5,5%.

A projeção de hoje está próxima do teto da estimativa do Ministério da Fazenda, que aponta crescimento do PIB entre 5,5% e 6,5% neste ano. "As condições favoráveis da economia mostram uma elevação das projeções em relação às realizadas em março", disse o economista da Febraban, Rubens Sardenberg. Para 2011, os entrevistados mantiveram a estimativa de incremento de 4,5% para o PIB.

Este é um patamar favorável do nível de expansão da atividade, que deve ser reduzido no próximo ano, em função da alta dos juros e da retirada de alguns instrumentos de incentivo ao consumo, ressaltou Sardenberg. A contrapartida do aumento do PIB é uma elevação das projeções para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2010, que passaram de 5,1% para 5,5%. As instituições também revisaram a projeção para a inflação em 2011, de 4,6% para 4,7%.

De acordo com a Pesquisa Febraban, não há preocupação especial entre as instituições consultadas com a inflação para o próximo ano. De acordo com Sardenberg, a projeção aponta um número próximo do centro da meta de inflação, de 4,5%.

Em decorrência do PIB mais forte em 2010, as instituições consultadas passaram a apostar em um ciclo de aperto monetário um pouco mais intenso neste ano. As previsões apontam que a Selic (a taxa básica de juros da economia) deve chegar em dezembro deste ano em 11,75% ao ano, ante projeção de 11,25% ao ano na pesquisa de março. Para 2011, também houve elevação nas previsões. A estimativa anterior para o juro básico era de 11% ao ano em 2011. Agora, ela está em 11,50% ao ano.