Batizado de future jazz, o som do duo norueguês Beady Belle, formado pela cantora Beate S. Lech e o baixista Marius Reksjo, mescla em Closer (Universal Music) a suavidade do gênero com as infinitas possibilidades da eletrônica. A trajetória da dupla começou há seis anos, quando Beate foi convocada pelo selo norueguês Jazzland para gravar seu primeiro disco solo. A cantora assumiu a tarefa literalmente, compondo, arranjando, escrevendo as letras, programando, produzindo e gravando em seu computador, no minúsculo apartamento em que vivia. Reksjo foi requisitado para dar um molho, a exemplo de outros músicos, mas sua presença alterou o projeto original, dando origem dois anos mais tarde a Home. Era o fim do projeto Beate S. Lech e o nascimento da dupla Beady Belle. O segundo disco, Cewbeagappic, de 2003, entrega a fórmula do duo a partir do título, sigla em inglês para polaridades do tipo complexo-fácil, eletrônico-acústico, groovy (ritmado)- ambiente, tocado-programado, improvisado-composto e por aí vai. Opostos que fazem do som da dupla uma combinação bem agradável.