Ficar horas em frente ao espelho tentando disfarçar as manchas do rosto é a rotina de quem convive com o melasma, uma doença de pele que se caracteriza pelo surgimento de manchas castanho-escuras, principalmente nas maçãs do rosto, na testa e na parte superior dos lábios. O problema, que predomina em mulheres a partir dos 25 anos, surge por influência de fatores que podem ser genéticos ou circunstanciais como a gravidez, a exposição excessiva ao sol, alterações hormonais ou uso de anticoncepcionais. O aparecimento das manchas ocorre porque os melanócitos, células que contêm a melanina (o pigmento que dá cor à pele), quando estimulados por algum desses fatores, passa a produzir muita melanina, causando uma desordem pigmentar. “A melanina é um mecanismo de autodefesa contra agressões externas, como os raios ultravioletas. Mas quando sua fabricação é alterada ocorre a hiperpigmentação. Daí surgem as manchas”, explica a dermatologista Adriana Leite, de São Paulo.

A boa notícia, é que tratamentos cada vez mais modernos estão ajudando a por fim ao distúrbio. O mais recente é o Tri-Luma, apontado por especialistas como uma das soluções mais eficazes. O medicamento apresenta uma combinação de substâncias como hidroquinona, ácido retinóico e corticóide. Ele atua sobre a doença inibindo a produção desenfreada de melanina, promovendo renovação celular e clareando as manchas. “Essa estrutura química já era usada, de forma manipulada, por muitos profissionais. Mas seu uso contínuo não era recomendado porque causava efeitos colaterais como manchas brancas e aparecimento de vasinhos sanguíneos na face. O Tri-Luma aperfeiçoou a fórmula e criou uma terapia mais eficiente, com efeitos colaterais reduzidos”, explica Adriana.

Quem já atestou a eficiência do produto concorda. A administradora de empresas Maria das Graças Mendonça Joaquim de Carvalho percebeu as manchas no rosto logo depois da primeira gravidez. Desde então começou a maratona de tratamentos. “Perdi as contas de quantos produtos já usei”, conta. No começo do ano, sob recomendação de sua dermatologista, passou a usar o Tri-Luma e se surpreendeu com o resultado. “Foi o que teve melhor atuação. Usei por dois meses e foi o suficiente. As manchas quase desapareceram. Hoje, faço manutenção para
manter o efeito. Isso inclui o uso diário de hidratantes, e, principalmente, filtro
solar”, diz a empresária.

Proteção – De fato, o tratamento só dá resultados mais prolongados se associado
a cuidados intensos, o que inclui uma mudança de hábitos. “Não adianta usar produto e tomar sol, por exemplo. Nesse caso, as manchas tendem a aumentar. Evitar o sol e usar diariamente um filtro solar com fator de proteção alto, no mínimo 30, são atitudes imprescindíveis”, explica a dermatologista carioca Adriana Drummond. É por isso que esta época do ano é a ideal para quem deseja fazer um combate mais duro ao problema.

Embora seja uma doença comum, o melasma não tem cura. Mas o arsenal de produtos com ação significativa é bem variado. Além do Tri-Luma, disponível no mercado ao custo médio de R$ 100, apresentam também bons efeitos os peelings (processo de descamação e renovação da pele) feitos com os produtos Amelam e o Inovation Concept Peel. Eles trazem em suas fórmulas ácidos e clareadores com concentrações específicas para serem usadas em casa ou nos consultórios “Antes de optar por um tratamento, é preciso fazer uma avaliação para saber o mais adequado. Pessoas com pele sensível, por exemplo, podem não tolerar o tratamento. A recomendação também vale para as mulheres grávidas ou que estejam amamentando”, alerta a dermatologista Adriana Drummond.