Uma viagem sensorial por este caderno – enquanto o abençoado dia das viagens reais não chegam – permite confirmar duas teses inquestionáveis, ao menos para os leves de espírito. A primeira: são raros os pedaços do mundo em condições de oferecer opções de cenários e de ambientes para o turismo quanto este país dos trópicos. Correr os olhos pelas 13 páginas seguintes, dedicadas às maravilhas de 13 das capitais brasileiras, é um doce exercício de tortura, esteja o leitor sentado numa cadeira, esparramado na cama ou mesmo jogado numa rede. Impossível não desejar estar lá. Lá onde? Tanto faz.

O sobrevôo começa com o show de imagens de Aracaju, a doce capital de Sergipe. A escala seguinte é a belíssima Belém, Estrela do Norte, com suas festas religiosas, a força de suas comidas exóticas e a exuberância do Teatro da Paz, construído no século XIX. O circuito prossegue pelo cenário arrebatador de Fortaleza, faz um rasante pelo cerrado art-déco de Goiânia, prova a mistura fina de concreto e cenários rústicos de Maceió e volta ao Norte para detalhar Manaus, com sua oferta variada, da beleza selvagem da floresta à imponência do Teatro Amazonas. Parte para as estonteantes praias e dunas de Natal, faz escala na jovem Palmas, estica até o “portal amazônico” Porto Velho, nas margens do rio Madeira, e de lá alcança Rio Branco, a capital verde do Acre. As três últimas etapas – Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo – dispensam maiores explicações.

Ao fim do rico tour virtual, cabe revelar a segunda das teses citadas no início do passeio. É a seguinte: os não rabugentos, os leves de espírito haverão de concordar que, diante do exibido, 30 dias de férias no Brasil poderão ser pouco.