Por quase um ano o ator Johnny Depp ficou concentrado no papel do capitão Jack Sparrow da trilogia Piratas do Caribe. Isso porque a segunda e a terceira parte da série foram filmadas ao mesmo tempo. Tratando-se de um ator como Depp, que consegue saltar do bizarro Willy Wonka de A fantástica fábrica de chocolates para o provocador John Wilmot de O libertino (em cartaz nacional), supõe-se ter sido tedioso para ele ficar tanto tempo em função de um só personagem. Mas o esforço foi recompensado. No final de semana de estréia nos EUA, Piratas do Caribe – o baú da morte faturou US$ 132 milhões em bilheteria, batendo o recorde de US$ 115 milhões que pertencia ao Homem-aranha (2002).

A segunda parte dessa aventura, que chega aos cinemas do Brasil na sexta-feira 21, é bem mais sombria e tem cenas de ação mais empolgantes que o segmento anterior, de 2003). Agora, os novos inimigos do capitão Jack Sparrow são a embarcação assombrada Flying Dutch e o monstro do mar Kraken. O seu dilema moral, mais uma vez, pende entre salvar a própria pele ou ajudar os amigos Will (Orlando Bloom) e Elizabeth (Keira Knightley). Decisão difícil para Sparrow, um herói cínico e trapaceiro, sempre embriagado de rum – mas, ainda assim, um herói. Depp diz ter se inspirado em Keith Richards, dos Rolling Stones: “Toda vez que eu via Keith, ele estava com algo no cabelo e dizia: comprei nas Bermudas.” Depp acrescenta: “Imaginei que o meu personagem, em suas aventuras no Caribe, também podia comprar adereços e contar sempre uma história.”