Fãs de mangás, os quadrinhos japoneses, de videogames ou de livros populares, como a série Harry Potter, não têm economizado para se fantasiar e representar personagens em eventos que reúnem os apaixonados pela ficção. E haja dinheiro. Porque o capricho nas roupas e nos acessórios exige centenas de reais, além de tempo livre para deixar a produção impecável. Por isso, se seu filho pedir um extra para completar o cosplay, não estranhe a palavra e saiba que o assunto é coisa séria. Esse é o nome da prática popular no Japão que tem conquistado um número maior de seguidores no Brasil.

Mistura de costume (fantasia em inglês) e play (jogo), o termo já é conhecido pelos familiares dos irmãos paulistanos Mônica e Maurício Olivas. Eles venceram a etapa brasileira do World Cosplay Summit, a primeira da América Latina, classificatória para a Copa do Mundo do hobby, que acontecerá em agosto na cidade japonesa de Nagóia, sede da tevê japonesa Aichi, que banca o campeonato. Mônica, 19 anos, ganhou passagem aérea, hospedagem e US$ 1 mil. A fantasia que faturou o título é baseada em personagens da animação japonesa Angel Sanctuary. O desafio foi montar dois pares de três asas, que saíram por R$ 900. Todos os anos acontecem eventos de cosplayers. Na etapa brasileira da Copa do Mundo, havia gente de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, como a dupla André Luiz e Allan Mathias, que representou os encanadores mais notórios do planeta: Mario e Luigi, do game Mario Bros. Arrancaram risadas com performances e coreografias com os sons do jogo.