As críticas ao Supremo Tribunal Federal estão no foco das manifestações na Av. Paulista em São Paulo no feriado da Independência no 7 de Setembro. A ordem entre bolsonaristas simpatizantes do presidente da República é preservar o ministro Luís Roberto Barroso e mirar os protestos no ministro Alexandre de Moraes.

O ministro relator do inquérito contra ataques às instituições democráticas será alvo nas ruas em faixas com ironias, camisetas, máscaras com seu semblante e até bonecos infláveis. Um deputado bolsonarista confirma sob sigilo à Coluna que empresários simpatizantes vão bancar esse material.

Mas por que os protestos contra um e não os dois ministros, tão criticados pelo presidente Jair Bolsonaro nas últimas semanas?

A equação é simples. O próprio Bolsonaro já recuou nos ataques a Barroso porque o ministro também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral, em cujas mesas repousa, fora das gavetas, um avançado processo de cassação da chapa presidencial eleita em 2018.

Provocar Barroso é incendiar essa pauta. O TSE não precisa de um processo de impeachment no Congresso Nacional para derrubar o presidente, nas acusações que pesam sobre ele de irregularidades na campanha eleitoral.