A solução para a violência está no investimento em políticas sociais para quem está nas ruas e não no endurecimento das normas carcerárias para quem já está preso. Mas o Brasil teima em inverter a equação. A CCJ do Senado aprovou, entre outros pontos, o aumento do tempo de encarceramento (um sexto para um terço) para que os presos de bom comportamento pleiteiem o cumprimento do restante da pena em regime semiaberto. Então, de que vale ter esse bom comportamento? O projeto é só farol, é só palanque: não estanca o crescente índice de jovens que caem na marginalidade e é isso que aumenta a violência. Na era da genética, da neurociência e da biopsicologia, o que resolve é política de saúde pública de detecção e tratamento do transtorno de personalidade antissocial.