Foi-se o tempo dos presidentes discretos da França – amantes muitos deles tiveram, mas sempre se empenharam em mantê-las longe da mídia. Se eram surpreendidos, credite-se o fato à persistência dos fotógrafos e não ao descuido ou exibicionismo. Diferente é o atual presidente Nicolas Sarkozy. Em seu caso não se trata de amante, pois ele está separado de sua mulher, Cecília. Livre e solto, o que está em questão, portanto, é uma namorada. Mas a “vitrine” é tanta que também aí quebram-se a protocolar e tradicional discrição presidencial francesa. Um pouco do passado: houve uma primeira separação de Cecília em 2005, houve um reatamento politicamente oportuno na campanha presidencial de 2006 e, finalmente, o divórcio em outubro de 2007 – essa última fase de briga conjugal alimentou o noticiário durante dois meses. Agora, um pouco do presente: Sarkozy estréia na galeria dos mandatários da França como o primeiro presidente a se divorciar em pleno mandato. E estréia no rol dos descasados com uma beldade a tiracolo – ambos sem fazer a menor questão de discrição. O presidente desfilou pela Eurodisney, para todo mundo ver, com a ex-modelo e cantora Carla Bruni, poderosa em seus 39 anos (ele tem 52). Posaram para fotógrafos como celebridades. Para Carla, tudo bem: ela é cantora famosa na Europa, já namorou de Mick Jagger a Donald Trump e respira badalação social. Mas Sarkozy rompeu a histórica discrição, ainda que esteja divorciado e namorando sério – namoro, namoro, holofotes à parte. Namorados até quando? A diplomacia francesa evita resvalar no assunto, mas familiares de Carla dizem que o presidente já a pediu em casamento. Ela é filha de um industrial italiano que mora em São Paulo, casado com a terapeuta brasileira Márcia de Lucca.