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Assista ao vídeo e saiba mais sobre a maior exposição do mundo que começa hoje na cidade chinesa de Xangai

 

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ESTRUTURAS
Um dos acessos à exposição e, ao fundo,
o pavilhão chinês.

Todos os olhos estarão voltados para a China neste sábado 1º, quando será aberta a Expo Xangai, a feira mundial das nações que ocorre a cada cinco anos. O evento se estenderá por seis meses na mais pulsante cidade chinesa, reunindo 192 países e 48 organizações internacionais. A expectativa é de que, nesse período, 70 milhões de pessoas percorram a feira montada às margens do rio Huangpu e visitem os incríveis pavilhões – um atrativo por si só. A Expo Xangai garantiu um lugar na história por seus números superlativos (é 20 vezes maior do que a última, a de Zaragoza, na Espanha) e por estar sediada, pela primeira vez, em um país emergente.

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A representação brasileira

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Será uma “olimpíada da economia”, como os chineses se referem ao evento. O governo investiu forte em Xangai. Foram US$ 4 bilhões diretamente na feira e US$ 58 bilhões em infraestrutura, renovando a cidade. A rede de metrô, por exemplo, dobrou de tamanho em dois anos e é hoje a maior do mundo, com 420 quilômetros. As exposições universais acontecem desde a época da Revolução Industrial, no século XIX, e servem de vitrine para as inovações industriais, tecnológicas e urbanísticas. A Expo vai discutir o futuro das cidades nos próximos 60 anos para torná-las um lugar melhor para se viver. Com o tema Better City, Better Life (Cidade melhor, vida melhor), a intenção é mostrar soluções sustentáveis para os centros urbanos, onde hoje vive metade da população do planeta. “A discussão sobre a sustentabilidade nas cidades avançou bastante em termos de técnicas e na parte legal, mas o enfoque ainda é essencialmente econômico, sobre compensações e custobenefício”, afirma Celso Lomonte Minozzi, professor de arquitetura da Universidade Mackenzie. “É necessário agora inserir os aspectos culturais da sociedade nos projetos.”

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A gestão sustentável dos ambientes urbanos vai permear todos os encontros e exibições. O tema foi subdividido em cinco áreas (diversidade cultural, prosperidade econômica, inovação científica e tecnológica, reforma das comunidades e interação urbano-rural). Os assuntos serviram de base para a concepção dos pavilhões e eventos programados pelos países participantes. Ao final, será lançada a Declaração de Xangai, incorporando as ideias propostas para montar um legado de cooperação internacional. 

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A expo é também a oportunidade para os países divulgarem seus atrativos com o objetivo de incrementar parcerias, investimentos e turismo. Por isso, tentam fisgar o visitante com pavilhões criativos e ousados. O da anfitriã tem 63 metros de altura (três vezes maior que os demais) e está disposto em 45 mil metros quadrados. Em forma de cubo, o da Grã-Bretanha é formado por mais de 60 mil hastes finas e transparentes contendo sementes de plantas coletadas em um projeto de biodiversidade. A Espanha criou um edifício chamado O Cesto, feito de vime marrom, bege e preto tecido à mão.

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INOVAÇÃO
Modernidade dá o tom dos pavilhões

O Brasil participa da feira com o tema Cidades Pulsantes: Sinta a Vida das Cidades Brasileiras. A fachada do pavilhão é composta por lascas de madeira reciclada, coladas de forma irregular e pintadas de verde, referência tanto à cor da bandeira nacional quanto às florestas. É inspirada no trabalho Cadeira Favela dos designers Irmãos Campana. “O projeto ainda faz referência à realidade e à natureza do brasileiro, sua criatividade e irreverência”, diz o arquiteto Fernando Brandão, que concebeu o espaço de dois mil metros quadrados. Neste amplo fórum de discussões, o País também tem sua contribuição a dar. O orçamento participativo, projeto de Porto Alegre no qual as prioridades do município são debatidas com a população, e o Cidade Limpa, iniciativa de combate à poluição visual em São Paulo, são os exemplos nacionais a serem apresentados em Xangai, onde o intercâmbio de ideias e experiências deve pavimentar o futuro das cidades.

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INOVAÇÃO
Acima, o inglês e na foto, o israelense

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Colaborou: Ralphe Manzoni Jr., de Xangai


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