Muitos problemas para o senador e líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). Alvo de denúncias pela suspeita de compra de votos na campanha que o elegeu em 2002, Jucá corre o risco, mais uma vez, de ser abatido em pleno vôo. Seu cargo, de líder do governo no Senado, é cobiçado pelo PT, que promete não medir esforços na tentativa de assumir o posto. Articulador da prorrogação da CPMF no Senado, derrotada em plenário, Jucá não é um neófito em escândalos. No início de 2005 ele teve de deixar o Ministério da Previdência acusado de oferecer fazendas que não existiam como garantia a um empréstimo contraído junto ao Banco da Amazônia. E enfrentou denúncias de abuso de poder econômico na eleição de 1994, com desvio de recursos públicos. O inquérito para investigar o senador pela suspeita de compra de votos foi aberto pelo STF. Segundo a denúncia, uma cooperativa contratada pela Prefeitura de Boa Vista (governada à época por sua mulher, Tereza Jucá) teria usado seus funcionários para convencer eleitores a votarem em Jucá e em Ottomar Pinto, candidato a governador (já falecido). Até o fim de fevereiro, Jucá será chamado pela Polícia Federal para prestar depoimento.