O deputado Henrique Afonso (PT-AC) é evangélico. Tem o direito de seguir a religião que quiser e tem o direito de ser confuso, como ele próprio diz: “Não consigo separar direito Deus e política.” Como o Estado brasileiro é laico, Afonso só não tem o direito de levar a sua miscelânea mental para o terreno da elaboração de leis: ele propõe o “bolsa-estupro” para incentivar as mulheres que engravidam, quando são violentadas, a não abortar. Aquela que desse à luz a criança ganharia um salário mínimo mensal até o filho completar 18 anos. Com a palavra a ministra da Secretaria Especial de Política para as Mulheres, Nilcéa Freire: “O deputado trata a violência contra a mulher como uma questão monetária.”