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Confira versão em vídeo da reportagem sobre guerra de robôs

 

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FERRO E FOGO
Robôs duelam na arena da RoboGames

Uma luta à base de ferro e fogo vai se iniciar. A arena cercada de policarbonato – material transparente que pode resistir até mesmo a tiros – protege os espectadores. Os adversários estão armados com serras, cilindros giratórios e martelos. Não haverá sangue, porém. O que vai se espalhar pelos ares e ricochetear nas paredes serão apenas faíscas e destroços de metal. A uma distância segura, alguém comanda a briga por controle remoto. No ringue, duas máquinas construídas com o único objetivo de destruir seus adversários.

A guerra de robôs é uma modalidade esportiva que já conquistou milhares de pessoas em diversas partes do mundo. As principais ligas estão nos Estados Unidos, no Reino Unido e na Austrália, mas o Brasil cresce a cada ano. Entre os dias 23 e 25 deste mês, três equipes nacionais vão competir na RoboGames, em San Mateo, na Califórnia (EUA), o maior evento do tipo no planeta.

São mais de 70 categorias, que vão de hóquei ao sumô, até chegar à mais tradicional, o combate de robôs. A novidade entre as equipes brasileiras é que, pela primeira vez, uma delas vai competir na categoria hóquei, na qual dois times com três robôs tentam arremessar um disco no gol adversário. As máquinas são parte do time RioBotz, formado por alunos da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). Em 2006, sua estreia no torneio, a equipe conseguiu a primeira colocação na categoria até 1,3 quilo com o robô Minitouro. No ano seguinte a RioBotz fez uma dobradinha com as máquinas Touro e Touro-light (até 27,3 quilos) e faturou a medalha de ouro. “A novidade para este ano é o Touro-feather, robô da categoria peso-pena (até 13,6 quilos) que vem conquistando bons resultados nos torneios nacionais”, diz Marco Antônio Meggiolaro, professor de robótica na PUC-RJ e coordenador do grupo. Outro time que vai representar o Brasil é a Uai!rrior, de alunos da Universidade Federal de Itajubá (Unifei), de Minas Gerais.

Por aqui, duas competições já estão no calendário. Ambas são organizadas pela equipe Robocore, que completa a delegação nacional na RoboGames. Apesar de o Brasil contar com apenas três representantes na competição, 169 grupos se espalham pelo País, formados por aficionados e criados em universidades. “Até 90 pessoas concorrem por uma vaga”, diz Rafael Pizzi, capitão do Uai!rrior. Prova de que o futuro do nosso metal pesado promete ser brilhante.

METAL PESADO
Máquinas que representarão o Brasil na competição

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