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PASTELÃO
Vladimir Brichta e Débora Bloch vivem um casal atrapalhado em “Separação?!”

Está mais que provado que nem sempre o que é bom para os EUA é bom para o Brasil. Mas, ultimamente, as redes de tevê americanas têm se mostrado bastante inspiradoras para as emissoras nacionais. É cada vez mais comum a indisfarçável cópia de quadros de sucesso – sem falar de fórmulas inteiras que são repetidas aqui com enorme repercussão, caso de “Ídolos”, por exemplo. Agora, a Rede Globo incluiu em sua grade de programação um segmento já testado e aprovado pelo público, não só americano mas do mundo todo, tamanha a qualidade apresentada: as séries de temporada. Há duas semanas, estrearam três produções do gênero de uma só vez, com 15 episódios, no máximo. “SOS Emergência”, exibida aos domingos, passa-se em um hospital e tem no elenco Ney Latorraca e Marisa Orth. Outra comédia, “A Vida Alheia”, que vai ao ar às quintas-feiras, mostra o cotidiano de uma revista de celebridades e traz Marília Pêra e Claudia Jimenez. “Separação?!”, com Vladimir Brichta e Débora Bloch, anima as noites de sexta-feira com as brigas de um casal, sempre a ponto de romper. Pode não parecer à primeira vista, mas dentro da emissora essas estreias representaram um grande desafio. “É muito mais arriscado manter temporadas ininterruptas no ar, pois o público pode cansar”, diz Marcius Melhem, co-autor de “SOS Emergência”.

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TRABALHO
O cotidiano, em um hospital e numa redação, é o mote
de “SOS Emergência” (no alto) e “Vida Alheia”

A experiência da tevê fechada prova o contrário. Mesmo com sua grade difícil de ser memorizada, canais a cabo conseguem emplacar grandes sucessos e isso começa a ser levado em consideração. “A tradição brasileira privilegia as obras abertas. Mas o público deseja e precisa de diversificação, por isso as séries de temporada caem muito bem”, diz José Alvarenga Jr., diretor de “Separação?!”. Segundo ele, hoje a Rede Globo enfrenta outro tipo de concorrência com a internet, que permite que produções inteiras sejam vistas por meio de download ilegal ou pelo YouTube. Uma arma segura é o humor, como visto em “Separação?!”, reencontro do diretor com os autores Fernanda Young e Alexandre Machado, de “Os Normais”. Mas não são só as séries cômicas que terão espaço na grade global. Para o segundo semestre, estão previstas as estreias de “As Cariocas”, de Daniel Filho, sobre as mulheres representativas do estilo de vida do Rio; “A Cura”, sobre um médico espírita que recebe orientação de outro colega já falecido; e “Justiça para Todos”, trama policial no qual cinco amigos (um jornalista, um juiz, uma promotora, uma delegada e um advogado) tentarão resolver um assassinato. O desejo dos envolvidos nesses programas é repetir o feito de “Força-Tarefa”, que teve ótima audiência e a chance de uma segunda temporada.

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